quinta-feira, 23 de junho de 2011

FEIRA DE SANTANA (BA) - ARTIGO SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATIVIDADE FÍSICA PARA IDOSO


Políticas públicas de atividade física para idoso: discutindo a realidade no município de Feira de Santana
Por: Roberney Nunes Saturnino e Osni Oliveira Norberto da Silva
Data da Publicação: 08/05/2010
Origem do texto: revistavurtualpartes.com.br

REALIDADE NO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA



Vista aérea de Feira de Santana
Foto: Divulgação da Cidade
Tendo um grande centro urbano e sendo classificada como uma capital regional, a cidade possui um poder de polarização que ultrapassa a sua região administrativa que conta com mais de 500 mil habitantes, Feira de Santana é caracterizada por suas largas e arborizadas avenidas e um bem planejado centro industrial, sinais evidentes de rápida transformação (FEIRA DE SANTANA, 2010). Por ser um dos maiores entroncamentos rodoviários do País, nela cruzam rodovias federais, estaduais, todas elas de grande movimentação, e por estrategicamente distar de Salvador apenas 108 Km, a cidade se constitui a 2ª do estado da Bahia, sendo considerada maior do que nove capitais de estados brasileiros (FEIRA DE SANTANA, 2010).

Como um pólo regional, sede da região administrativa, vários municípios dependem de Feira de Santana. Os moradores desses municípios a freqüentam, a fim de realizar compras ou para recorrer a serviços básicos de saúde, contando com um atendimento médico-hospitalar relevante; além disso, beneficia-se na área da educação, pois aí se instala um dos maiores campus universitários estaduais da área (FEIRA DE SANTANA, 2010). Apesar de já existirem documentos oficiais que garante e incentiva a criação de políticas públicas voltadas para programas de atividades físicas para os idosos, percebe-se que no Brasil isto ainda está longe de acontecer. Se no país, de forma geral, existe este problema, em Feira de Santana a situação não é diferente.  Queiroz (2002) evidenciou que não existem políticas públicas e sociais que atendam as crescentes necessidades e demandas da população nas diversas faixas etárias por locais públicos apropriados e profissionais para a prática de atividade física orientada.

Vista Aérea de Feira de Santana
Foto: tribunafeirense.net
Estes achados ganham magnitude quando se leva em consideração a população idosa o que reforça a situação de injustiça e exclusão social na qual estão submetidos muitos idosos, o que contraria o princípio da eqüidade do Sistema Único de Saúde, pois a atenção às práticas corporais pelo profissional de Educação Física são atividades que se concentram nos espaços privados e o acesso se restringe à classe mais favorecida economicamente (LIMA, 2006). Nos anos 90, surgiram na cidade alguns programas e projetos envolvendo atividade física, por exemplo, Pró Saúde, Saúde Cidadão, Verão Light, Mais Saúde. Programas como estes, marcados por intensa intervenção midiática, temporários e que contemplam ações paliativas. Mas, que não conseguem garantir nenhum ganho à nível fisiológico, especialmente para idosos, pois o caráter coletivo e lúdico dessas ações associados à inadequação das atividades físicas aos distintos grupos populacionais, inviabiliza o alcance de prevenção das doenças crônico degenerativas (DCD), de promoção de saúde e qualidade de vida (LIMA, 2006).


Feira de Santana - BA
Foto: skyscrapercity.com
Entende-se que o compromisso do profissional de saúde, notadamente, o professor de Educação Física, deve responder às demandas de saúde da população, oportunizando, ampliando e democratizando o acesso à atividade física. Desta forma, é inadmissível que os índices de mortalidade geral em Feira de Santana, tendo como causa as DCD, sejam altos sabendo-se que as DCD acometem mais frequentemente os idosos e podem ser melhor controladas ou até evitadas por meio de ações preventivas, como, a prática de atividade física regular. Feira de Santana ainda não equacionou satisfatoriamente a situação do idoso e suas necessidades refletidas pela baixa prioridade nas políticas públicas de diversos gestores atribuída à Terceira Idade. Infelizmente, programas públicos de atividade física regular e orientada para idosos no município são raros e pouco acessíveis.  Logo, espaços que ofertem ações de promoção da saúde e prevenção de doenças são necessários e devem ser garantidos, uma vez que a maioria das oportunidades de práticas de atividades físicas estão restritos aos espaços privados, inviabilizando o acesso igualitário a população. 

CONCLUSÕES

Esta discussão sobre a atividade física para idosos em Feira de Santana é indispensável, pois, há vários enfrentamentos a serem feitos na resolução do problema. São oferecidos poucos espaços que possibilitam uma adequada atenção para as atividades físicas e os poucos nem sempre têm profissionais qualificados. É fundamental a orientação do professor de Educação Física na supervisão destas atividades superando assim, o amadorismo nesse campo, com responsabilidade teórico-prática e comprometido com a melhoria de qualidade de vida e inserção social do idoso.


Para ler o texto completo, bem como seu resumo e 
os currículos dos autores, basta acessar
a URL: http://www.partes.com.br/terceiraidade/politicaspublicas.asp

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