quinta-feira, 23 de junho de 2011

TABAGISMO NA TERCEIRA IDADE


Tabagismo em Idosos
Por: Oswaldo da Silva Filho
Pneumologista - Gerontoligista
Origem do Texto: tabagismoonline.com.br
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Tabagismo na Terceira Idade
Foto: Getty Images (RF)
Há um crescimento progressivo da população de idosos no Brasil e no mundo. No Brasil, a expectativa de vida chegou aos 71,3 anos em 2003 e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) faz uma projeção para o ano de 2025 que esta será de 75,3 anos, quando 34 milhões de brasileiros terão mais que 60 anos. Esse crescimento da população de idosos aponta para uma atenção à sua qualidade de vida, à prevenção de doenças, à redução da incapacidade e ao aumento da expectativa de vida desta faixa etária.A partir do dia em que nascemos já começamos envelhecer. Este processo de envelhecimento não começa aos sessenta anos; consiste num acúmulo de processos sociais, comportamentais durante toda a vida. As metas para se chegar a uma velhice saudável são: promover a saúde, manter os bons hábitos, e, dentre estes, a abstenção do cigarro é de importância já bem estabelecida. O Tabagismo é um fator agravante para a saúde da população senil sendo responsável por diferentes comorbidades, por sofrimentos e mortes prematuras, por um custo social e financeiro alto para as instituições de saúde. Existem poucos estudos sobre a prevalência do Tabagismo na terceira idade no Brasil e no mundo; acredita-se que esta seja em torno de 10 a 11% da população geral de fumantes.

Tabagismo na Terceira Idade
Foto: Getty Images (RF)
Para se fazer qualquer planejamento estratégico visando a abordagem e controle do Tabagismo na Terceira Idade, é necessário conhecer os motivos pelos quais os idosos fumam, a influencia do ambiente familiar e socioeconômico cultural sobre eles, os aspectos da dependência nicotínica, as inter-relações das comorbidades tabaco dependentes como fator determinante na manutenção da qualidade de vida, e, por fim, procurar de maneira criteriosa, uma melhor maneira de tratar este idoso fumante, valorizando sempre a Terapia Cognitiva Comportamental como eixo principal na condução do tratamento. Medidas governamentais e não governamentais implantadas a favor do controle do Tabagismo estão sendo eficazes. Os resultados aparecem e nos convencem. Mas no caso dos idosos, medidas específicas devem ser implantadas. A nossa sociedade ainda tem um conceito de que velhice é igual a abandono, como se nada tivesse que se fazer para aquele que viveu muitos anos. 

Não é difícil traçar plano estratégico para abordagem do Tabagismo na Terceira Idade. A capacitação de profissionais ligados à área de saúde para o atendimento ao fumante idoso, pode ser semelhante ao da população em geral. Mas é necessária uma atenção especial por parte destes profissionais, encorajando o idoso a iniciar o tratamento no programa de prevenção e controle do Tabagismo.


Devemos preservar a saúde de nossos idosos. Eles merecem uma posição de destaque em nossa sociedade. Precisamos de sua experiência, da sua participação, como agentes beneficiários do desenvolvimento, desempenhando lideranças e consultorias nas diversas comunidades onde vivem. Para que todo esse sonho seja conquistado, é necessário nosso empenho e lembrar que um dia seremos um deles. 

 
 
Dr .Oswaldo Afonso da Silva Filho
Especialista em Geriatria e Gerontologia pela Universidade Estácio de Sá.

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